domingo, 2 de julho de 2017

Crítica Literária #22 - Regionalização, de Luís Valente de Oliveira

Razão da escolha
Este livro foi-me recomendado pelo professor de Geografia como forma de poder apresentar medidas para o projeto “Parlamento dos Jovens” de uma perspetiva diferente da habitual.

Reação às primeiras páginas
Este livro, sendo um ensaio político, foi, desde o início, um livro que considerei um desafio ler, sendo que, logo no começo, me deparei com um vocabulário mais elaborado e de mais difícil compreensão, mas que não me fez desistir.

Resumo
Como já referi anteriormente, este livro é um ensaio político acerca da regionalização do País, sendo que o autor apresenta a forma como o País, focando-se apenas em Portugal Continental pode ser dividido; quais as funções que essas regiões passarão a ter; quais as funções que a Administração Central perderá; de que modo se administrarão essas regiões; que medidas podem ser tomadas no sentido de se poder atingir a regionalização, entre muitos outros aspetos que o autor analisou exaustivamente para mostrar as vantagens da regionalização, o que se deve fazer para se atingir isso e quais os perigos com que nos poderemos defrontar.

Aspetos a destacar
Este foi o primeiro ensaio político que li, sendo que uma das coisas que tenho a destacar é, sem dúvida, o tipo do livro, visto que foi uma novidade para mim, devido ao elaborado e rico vocabulário utilizado, bem como a mensagem que o livro tem por objetivo transmitir.

O segundo aspeto que tenho a destacar é a própria mensagem que o livro quer transmitir, pois achei bastante interessante a proposta que o autor transmite: regionalizar Portugal, criando uma administração que se encontra entre o nível local e o nível regional, à qual se atribuirá inúmeras funções que pertenciam ao nível central, de modo a aproximar a Administração dos Administrados.

Excerto e motivos da escolha do excerto
O excerto que escolhi foi o seguinte: “Temos em Portugal mais de oitenta mapas diferentes que tornam as compatibilizações de dados muito difíceis e a administração de todos os dias infernal.”

O autor, quando se refere aos “mais de oitenta mapas diferentes”, fala dos inúmeros mapas relativos aos vários setores de atividade que existem no Estado e escolhi este excerto porque mostra de forma rápida um dos problemas que existe em Portugal, pois o autor, no mesmo parágrafo onde se insere a frase que retirei, concretiza esse problema num bom exemplo, em que uma pessoa com vários problemas relacionados com vários setores tem de se dirigir a várias cidades diferentes para conseguir ver todos os seus problemas resolvidos, sendo que, com a regionalização, essa mesma pessoa teria apenas de se dirigir a um único local onde veria todos os seus problemas resolvidos.

Recomendação
Recomendaria a leitura deste livro porque a proposta de regionalização do País deveria ser levada mais a sério, visto que, segundo o que o autor nos apresenta, é uma forma de resolver diversos problemas que todos os cidadãos experimentam. Contudo, não recomendaria a leitura deste livro a ninguém que não domine bem a língua portuguesa, visto que o vocabulário utilizado ao longo do livro é bastante rico e pode facilmente fazer com que nos sintamos perdidos e confusos.

1 comentário:

  1. Boa Miguel, uma análise crítica consistente e atenta ao problema da regionalização. Um abraço e continua na tua senda. Parabéns, Prof. Nelson.

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