domingo, 5 de março de 2017

Crítica Literária #8 - Eusébio Macário, de Camilo Castelo Branco

Razão da escolha
Decidi ler esta obra porque, do mesmo autor, apenas tinha lido A Brasileira de Prazins, que, apesar de não fazer parte do estilo de livros que mais gosto, até gostei e a curiosidade acerca do autor também contribuiu para que decidisse ler este livro.

Reação às primeiras páginas
Dado que não estou muito familiarizado com o autor nem com o seu estilo de escrita, que é diferente, como seria de esperar, de qualquer outro autor, mas que, na minha opinião, não é um estilo fácil de apreender rapidamente, o livro não me despertou grande interesse.

Resumo
A história desenrola-se no norte de Portugal, em Basto, por volta de 1822, conforme nos é indicado pelas várias referências que nos são dadas.

Eusébio Macário era um boticário, isto é, um farmacêutico, viúvo e tinha dois filhos: José Fístula e Custódia. Ambos têm uma hereditariedade sensual e estroina, que, por vezes, os leva a terem que tomar uma decisão em que, de um lado, se encontra a racionalidade do dinheiro e, do outro, a irracionalidade do desejo.

Eusébio é amigo do padre Justino, que vive com a sua amante, Felícia, que tinha um irmão “brasileiro”, isto é, um português que emigrou para o Brasil e fez fortuna, Bento, que é comendador.

Após voltar do Brasil, Bento interessa-se por Custódia e os dois acabam por se casar, sendo que ele estava interessado nela devido à atração física, mas, em sentido contrário, ela decidiu casar-se com Bento por causa do dinheiro. Após casarem, mudam-se para o Porto e Felícia acompanha-os, abandonando o padre Justino, que, desconsolado, se torna amante de Eufémia, que era uma modista. No final, Felícia acaba por se casar com o José Fístula, filho de Eusébio e irmão de Custódia.

Aspetos a destacar
Este livro foi escrito como uma sátira ao naturalismo, que, na altura em que o autor escreveu a obra, ia desabrochando em Portugal. Pondo de lado este facto, não gostei muito deste livro, pois não me conseguiu nunca captar a minha atenção, nem devido ao estilo de escrita e ainda menos devido ao enredo, pelo que recomendaria a leitura deste livro pelo lado do conhecimento do estilo de escrita do autor, mas não devido à história que o livro nos conta.

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