Razão da escolha
Decidi ler este livro porque José Rodrigues dos Santos é um dos autores portugueses que mais aprecio, devido, principalmente ao seu estilo de escrita, e, por outro lado, porque o título deste livro me chamou a atenção, levando-me a pensar que o tema central deste livro seria a religião.
Decidi ler este livro porque José Rodrigues dos Santos é um dos autores portugueses que mais aprecio, devido, principalmente ao seu estilo de escrita, e, por outro lado, porque o título deste livro me chamou a atenção, levando-me a pensar que o tema central deste livro seria a religião.
Reação às primeiras páginas
O início deste livro é marcado com uma morte fora de contexto, tendo isso despertado a minha curiosidade para ler o resto do livro, tendo, portanto, sempre vontade de continuar a ler.
Resumo
Como já foi referido, o livro começa com a morte, um pouco descontextualizada, do professor Toscano, um velho historiador e professor universitário, e com a descrição da família e da vida de Tomás Noronha, personagem principal e também um historiador e professor universitário.
Depois disso, Tomás foi contactado por Nelson Moliarti, funcionário da American History Foundation, para que recuperasse a investigação que estava a ser levada a cabo pelo velho historiador. Esta relacionava-se com a descoberta do Brasil, mas o professor Toscano tinha-a dirigido para a verdadeira identidade de Colombo. Além disso, a investigação tinha sido deixada codificada e Tomás seria a pessoa encarregue de decifrar os enigmas.
A maioria do livro fala de como Tomás decifrou e recuperou a pesquisa do professor Toscano, visitando vários países e bibliotecas e falando com várias pessoas para chegar à verdadeira identidade de Colombo, tendo chegado às seguintes conclusões:
1. Colombo não era de Génova, mas, sim, um fidalgo português com raízes italianas;
2. O verdadeiro nome de "Colombo" não era Colombo;
3. Devido à Inquisição, teve que se converter ao cristianismo, mas Colombo continuava a praticar ações relacionadas com o judaísmo;
4. "Colombo" tinha conspirado, juntamente com outros fidalgos, para matar D. João II, o que o obrigou a fugir para Espanha;
5. D. João II, que já sabia que a América existia e que era uma terra com pouco potencial, mas desejava ficar com o domínio do comércio das especiarias da Índia, evitando uma guerra com Castela usou "Colombo" para iludir os castelhanos, fazendo-os pensar que este tinha descoberto a “Ásia”, ajudando-o na sua viagem para a América.
1. Colombo não era de Génova, mas, sim, um fidalgo português com raízes italianas;
2. O verdadeiro nome de "Colombo" não era Colombo;
3. Devido à Inquisição, teve que se converter ao cristianismo, mas Colombo continuava a praticar ações relacionadas com o judaísmo;
4. "Colombo" tinha conspirado, juntamente com outros fidalgos, para matar D. João II, o que o obrigou a fugir para Espanha;
5. D. João II, que já sabia que a América existia e que era uma terra com pouco potencial, mas desejava ficar com o domínio do comércio das especiarias da Índia, evitando uma guerra com Castela usou "Colombo" para iludir os castelhanos, fazendo-os pensar que este tinha descoberto a “Ásia”, ajudando-o na sua viagem para a América.
O final do livro apresenta várias revelações inesperadas, tendo a pesquisa recuperada por Tomás sido destruída pela American History Foundation, pois as pessoas que desempenhavam altos cargos na fundação tinham raízes de Génova e tinham orgulho em terem nascido na mesma cidade que o descobridor da América e se aquela investigação fosse publicada, não teriam um motivo de orgulho tão forte como aquele.
Aspetos a destacar
Na minha opinião, o tema do livro é um dos aspetos que merecem destaque porque este se baseia em factos históricos reais e que nos mostram a verdade acerca de vários temas polémicos, que neste caso é a verdadeira identidade de "Colombo".
Excerto e motivos da escolha do excerto
“O que é então o Santo Graal? É o conhecimento. E o que é o conhecimento senão poder? Isso foi algo que os templários rapidamente perceberam. Quando vieram para Portugal, fugindo das perseguições decretadas contra si pela Europa, os templários trouxeram consigo o cálice e o dragão, o Santo Graal, uma sabedoria, em parte científica e em parte esotérica, acumulada em dois séculos de explorações na Terra Santa. Possuíam conhecimentos de navegação, artes de invenção, espírito de descoberta, erudição hermética. Portugal foi o seu destino, mas também o ponto de partida para a revelação do mundo, para a nova demanda do conhecimento. Porque este país chama-se Portugal. É um nome que vem de Portucalem, mas que, deste modo, poderá também ser ligado ao cálice sagrado. Portugal. Porto Graal. O porto do Graal. Foi através deste imenso porto que se partiu na nova demanda do novo Graal. O Santo Graal da sabedoria. O cálice do conhecimento. A descoberta do mundo.”
Escolhi este excerto porque me faz ter orgulho no país em que vivo. Sinto-me orgulhoso de que em tempos, neste país, D. Dinis tenha desrespeitado um decreto europeu e tenha abrigado os cavaleiros templários, possuidores de conhecimento, de poder. D. Dinis, apesar de não ter realmente mandado plantar o Pinhal de Leiria na íntegra, foi uma personagem importantíssima para que os Descobrimentos fossem possíveis, tanto por ter acolhido os templários como ter uma visão de longo prazo para que as naus descobridoras do mundo fossem construídas. Naus essas que foram capitaneadas sob ordens de almirantes que possuíam os conhecimentos que os templários trouxeram para Portugal, graças a D. Dinis. Tal como esse rei, também o Infante D. Henrique e D. João II foram homens visionários. D. Dinis pelos motivos atrás referidos e o Infante D. Henrique por ter planeado os Descobrimentos. Já D. João II foi um homem visionário, por um lado, por ainda dar abrigo aos judeus, também um povo com conhecimentos de navegação. Por outro lado, por ter tido a inteligência de dar a América, terra com pouco potencial, aos castelhanos e ficar com a Índia só para si, evitando uma guerra que só poderia ser evitada desta forma. Por todos esses motivos, na minha opinião, D. João II tem o merecido cognome de “Príncipe Perfeito”.
Recomendação
Na minha opinião, este livro é ótimo, devendo-se isso, em grande parte, ao seu tema, que é bastante interessante, mesmo os que não se interessem muito por História, porque Cristóvão Colombo é uma figura histórica com tanta relevância como Vasco da Gama, e são ambas personalidades Históricas incontornáveis.
Também recomendaria este livro por causa dos seus enigmas, pois a forma como José Rodrigues dos Santos nos mostra a sua resolução é bastante semelhante à resolução de qualquer outro enigma, incluindo as suas tentativas falhadas.
Também recomendaria este livro por causa dos seus enigmas, pois a forma como José Rodrigues dos Santos nos mostra a sua resolução é bastante semelhante à resolução de qualquer outro enigma, incluindo as suas tentativas falhadas.