quinta-feira, 2 de julho de 2015

Crítica Literária #3 - As Grandes Batalhas da História

Razão da escolha
Decidi ler este livro principalmente por causa do seu título, visto que sou uma pessoa que gosta bastante de História, principalmente quando são focados temas como economia, religião ou guerras. Assim, sendo que o título do livro anunciava que se iam falar das maiores batalhas que ocorreram no mundo ao longo da história, fiquei bastante entusiasmado.

Reação às primeiras páginas
Por saber como são os programas no canal de história, já esperava que este livro pusesse a descoberto os factos das guerras exatamente como eles foram, não havendo qualquer enredo que ligasse as várias guerras, sendo que isso fez com que eu reagisse naturalmente às primeiras páginas e não ficasse chocado, perdendo a vontade de ler.

Resumo
Este livro encontra-se dividido em quatro partes: “As Batalhas que Marcaram a Antiguidade”; “Choque de Civilizações”; ”Territórios em Disputa”; e ”Século XX: As Batalhas que Redefiniram o Mundo”. Na primeira parte, são relatadas seis batalhas que ocorreram antes do nascimento de Cristo em África, na Europa e na Ásia. Na segunda parte, encontramos relatos de duas batalhas em que as forças em confronto eram os Cristãos e os Muçulmanos. Na terceira parte, são relatadas batalhas, como o próprio nome indica, em que se disputam determinados territórios, tendo estas batalhas ocorrido em quase todos os continentes. Na última parte, são descritas nove batalhas que ocorreram no século XX, ou seja, algumas fizeram parte da I e da II Guerra Mundial, enquanto as outras foram batalhas igualmente importantes, mas posteriores às Guerras Mundiais.

Aspetos a destacar
Na minha opinião, é importante salientar o modo objetivo como as batalhas relatadas neste livro são descritas. Apesar de algumas considerações que são feitas em que se denotam os erros dos que participaram na batalha, este livro está todo ele muito bem construído, pois, além de as batalhas serem apresentadas cronologicamente, sempre que possível, é-nos dada uma perspetiva de como era tudo, como o número de tropas, os seus equipamentos, as estratégias que utilizavam, os erros que cometeram, entre muitas outras coisas.

Excerto e motivos da escolha do excerto
Não escolhi nenhum excerto, pois, na minha opinião, nenhum é suficientemente bom para aqui figurar, mas há várias batalhas que gostaria de mencionar. A primeira que gostaria de mencionar era a Batalha das Termópilas, em que alguns povos de cidades gregas enfrentaram os numerosos persas, tendo os primeiros vencido, apesar do menor número de efetivos, devido à preciosa ajuda dada pelos trezentos soldados espartanos, entre os quais se contava o famoso Leónidas.
Além da Batalha das Termópilas, apesar da grande importância que teve o dia D e muitas outras guerras do século XX, na minha opinião, a Guerra dos Seis Dias tem que ser mencionada, pois, em seis dias, o pequeno território de Israel conseguiu dominar três Estados Árabes, o que é um grande feito, visto que o fez sem a ajuda de qualquer outro país, tendo tido a possibilidade de dominar importantes cidades desses países, como é o Caso do Cairo, no Egito, ou de Damasco, na Síria.

Avaliação
Apesar de não ter um enredo, dá-nos uma perspetiva sobre grande parte das guerras que aconteceram ao longo da história, sendo-nos fornecidos relatos bastante pormenorizados. Isso podia ser um fator pelo qual eu não recomendaria este livro, mas, na minha opinião, este livro não é daqueles em que se quer pegar e nunca mais largar. Penso que este livro deve ser lido calmamente, batalha a batalha, sem pressas, ou, sem dúvida, pode-se tornar um livro bastante maçador que não teremos vontade alguma de o ler.

sábado, 4 de abril de 2015

Crítica literária #2 - Influência Externa, de Brad Thor

Razão da escolha
   Optei por ler este livro porque tinha sido uma prenda de Natal de uns familiares que me costumam oferecer livros de que gosto bastante. Além disso, a curta sinopse da contracapa e a capa deste livro também influenciaram a minha escolha, pois deixaram-me com expectativas altas.

Reação às primeiras páginas
   O início deste livro é muito parecido a alguns livros de José Rodrigues dos Santos: um início cheio de ação e mortes. Foi um início que me conseguiu captar a atenção desde logo e, por isso, prossegui a leitura do livro sem nunca querer parar.

Resumo
   Este livro divide-se em prólogo, desenvolvimento e epílogo. No prólogo é descrito um ataque a uma base militar chinesa em que todos os que lá estavam presentes são mortos e também um atropelamento em Chicago, em que o condutor foge.
   Estes são os dados iniciais que lançam a ação, mas, ainda nos primeiros capítulos do desenvolvimento, há outros acontecimentos importantes que marcarão a ação que são: a tentativa de homicídio de um anão muito rico que negociava informações que poderiam comprometer a segurança de alguns Estados; um atentado em Roma; o ataque a uma base militar da Al-Qaeda no Iraque, por parte do personagem principal, Scot Harvath, que era um espião que pertencia a uma instituição privada que zelava pela segurança dos EUA; e a contratação de um detetive particular por parte do pai da rapariga que fora atropelada em Chicago.
   Todos estes acontecimentos, aparentemente sem ligação, acabam por se unir todos, tendo como tema central “atentados recorrendo à bomba por parte de fundamentalistas islâmicos”. Estes acontecimentos iniciais vão progredindo isoladamente, mas, ao longo do livro, verificamos que os protagonistas de todos eles acabam por se encontrar, sendo que uns se opõe a outros, havendo peripécias inesperadas ao longo da obra.
   O desenvolvimento do livro termina com Harvath a deter um atentado em Londres e a diminuir o efeito de outros atentados em Amesterdão e Chicago.
   O epílogo deixa a ação em aberto, pois o anão que quase fora assassinado diz a Harvath que, no futuro, haverá mais atentados, sendo que aqueles tinham sido apenas a ponta do icebergue.

Aspetos a destacar
   É de salientar o estilo de escrita de Brad Thor, pois o autor consegue cativar-nos e captar a nossa atenção por causa da sua forma de descrever tudo de forma bastante sintética, mas que nos permite visualizar tudo o que está a acontecer e o que os personagens estão a ver, independentemente de se tratar de uma sala normal, de uma cidade ou de algumas torturas que os personagens vão infligindo ao longo da obra, que são bastante comuns em livros de espionagem.
   Ainda em relação ao estilo de escrita do autor, Brad Thor é realmente um mestre no uso do suspense, pois está presente em todo o livro, chegando a fazer-nos duvidar da veracidade do que algumas personagens dizem, pois há inúmeras mudanças de situação que são realmente bruscas e inesperadas.
   Além disso, o facto de Brad Thor apresentar a ação cronologicamente, mas fazendo paragens para nos relatar o que está a acontecer noutros locais faz com que tenha sempre a nossa atenção, pois é nos momentos de maior suspense em que o autor muda de local, voltando novamente a criar tensão e suspense, o que confere à obra um crescendo de suspense e tensão ao longo de toda a obra desde o seu início.
   É de salientar também a inteligência de Brad Thor na construção deste enredo, pois é realmente denso e o facto de ter unido acontecimentos sem ligação aparente é de facto algo que merece muito mérito e que merece ser salientado.
   Por fim, o tema tratado neste livro, os atentados levados a cabo por terroristas fundamentalistas islâmicos, é algo que merece ser destacado devido à sua atualidade.

Excerto e motivos da escolha do excerto
   “Khidir tinha agora oito anos e estava severamente subnutrido. Os seus olhos apresentavam-se profundamente encovados e rodeados de olheiras. O seu espesso cabelo preto caíra-lhe às mãos-cheias. Parecia também que o rapaz se urinara e defecara repetidamente.
   Enquanto Harvath o examinava, percebeu que tinha ambos os braços e pernas partidos. No joelho esquerdo fora espetado um enorme prego de ferro e todos os dentes da sua boca tinham sido arrancados, deixando as gengivas infetadas.”

   Este excerto insere-se na invasão à base da Al-Qaeda por parte de Harvath no início do livro e decidi escolhê-lo por mostrar a brutalidade e a violência com que os terroristas tratavam as crianças só para subjugarem os pais a juntarem-se às suas causas ou apenas para lhes conseguirem extrair informações. Esta descrição é fictícia, mas a ideia que o autor pretende transmitir é clara e perfeitamente credível: estes seres horrendos, os terroristas, são bem capazes de fazer isto às pessoas só para atingirem os seus objetivos, independentemente de terem de torturas homens, mulheres ou crianças.

Recomendação
   Recomendaria este livro por causa do seu enredo ser bastante extenso, complexo e cheio de suspense. Além do enredo, este livro merece ser lido para que se conheça o autor e o seu estilo de escrita, tendo em conta tudo o que já referi anteriormente em relação a isso. Este livro também deve ser lido por causa de o assunto que trata ser bastante atual e por alguns acontecimentos descritos no livro poderem vir a acontecer cada vez mais perto de nós, visto que o fenómeno do fundamentalismo islâmico estar a tomar proporções gigantescas que podem colocar o mundo como o conhecemos em risco, sendo o melhor exemplo disso o autoproclamado Estado Islâmico.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Crítica literária #1 - A Queda dos Gigantes, de Ken Follett

   Tal como já tinha anunciado, a primeira crítica literária que farei será ao livro A Queda dos Gigantes, da autoria de Ken Follett.

Sinopse da obra:
   O autor mostra-nos como a I Guerra Mundial afetou vários países que nela intervieram. Essas diferentes perspetivas são-nos contadas a partir do ponto de vista de várias famílias (duas da Grã-Bretanha, sendo uma da aristocracia e outra da classe trabalhadora; uma alemã; uma americana; duas russas, sendo que uma delas vivia nos Estados Unidos da América e a outra na Rússia).
   Além da I Guerra Mundial, o autor também nos proporciona o acompanhamento de vários acontecimentos que ocorreram enquanto durava essa guerra, como é o caso da deposição do czar na Rússia ou a luta pelo direito de voto das mulheres da Grã-Bretanha.

Razão da escolha:
   Decidi ler este livro devido às boas críticas que este livro teve e devido ao facto de a História ser um tema que me suscita bastante interesse, principalmente tratando-se das guerras num passado muito próximo, como é o caso do séc. XX.

Reação às primeiras páginas:
   As primeiras páginas deste livro retratam-nos como era a vida dos mineiros de Gales, mais propriamente de um rapaz com um baixo nível de instrução que foi trabalhar muito cedo para uma mina, antes de a I Guerra Mundial deflagrar.

Aspetos a destacar:
   Neste livro há que destacar o facto como o autor nos retrata fiel e pormenorizadamente a I Guerra Mundial, a partir de várias perspetivas de diferentes países, assim como os vários acontecimentos que ocorreram a par da mesma.
   É ainda de destacar a capacidade de o autor conseguir criar várias histórias de romance fictícias enquanto faz a descrição de acontecimentos que realmente ocorreram.

Excerto e motivos da escolha do excerto:
   Optei por não destacar nenhum excerto porque há inúmeras passagens bastante marcantes e igualmente importantes entre si, como é o caso da história de Grigori Péchkov, um russo que viu o pai ser enforcado por ordem do filho do czar e viu a mãe ser abatida no Domingo Sangrento, ou uma fase da batalha do Somme em que um jovem galês com um mínimo de treino de guerra liderou o seu pelotão para conseguirem defender uma das suas trincheiras e neutralizar uma metralhadora de uma trincheira inimiga.

Recomendaria este livro porque:
   É um livro que nos consegue prender desde o início até ao fim, pois as suas descrições são simples e concisas, focando-se simplesmente no que realmente importa, sendo que a I Guerra Mundial é descrita fielmente não perdendo qualidade alguma com os momentos em que o autor se foca na parte de Romance.